Não são poucos os problemas enfrentados pelos brasileiros, na luta cotidiana pela sobrevivência e busca de uma vida melhor. Porém, entre todos eles, um, em especial, passou a ser fonte de preocupação constante, não só para os pais que têm filhos adolescentes, mas para as famílias em geral, expostas aos efeitos horrendos do crack, droga que em poucos anos se disseminou pelo País, atingindo não somente as camadas mais humildes da população, mas toda a sociedade. Recente notícia, divulgada pelo Diário, informou que o consumo do crack já se alastrou pelo Brasil, atingindo 98% de 3.950 cidades pesquisadas pela Confederação Nacional de Municípios. Dessas localidades, apenas 14,78% têm centros de atenção psicossocial - locais que atendem, entre outros, usuários de drogas - e 48,15% realizam campanhas de combate ao crack. Os números mostram a falta de uma política eficiente para encarar esse drama que destrói as bases da família brasileira, levando a tristeza e o desespero a milhares de cidadãos.
Nesse contexto, as maiores vítimas são adolescentes, mas há casos em que até crianças vêm sendo atingidas pelos efeitos devastadores do crack.
As estatísticas policiais resumem este drama.
Quando não morrem em função do consumo desenfreado da chamada "pedra", muitos usuários obrigam-se a praticar toda sorte de crimes para poderem adquiri-la aos traficantes. E, se não pagam a estes, são impiedosamente executados nas ruas de nossas cidades. Sem falar, também, das chamadas "cracolândias", submundos que reúnem à noite, grandes contigentes de usuários e traficantes da droga em áreas marginais das capitais brasileiras. A presidente Dilma Rouseff tem muitos desafios a enfrentar. Na área social, este é, por certo, um dos mais graves, pois compromete o próprio futuro do País, sua juventude, que deverá assumir as rédeas da nação nas próximas décadas. Ações enérgicas devem ser encetadas para reprimir o tráfico e recuperar 1,2 milhão de vítimas que hoje sofrem os efeitos dessa desgraça chamada crack. Que se passe, portanto, do discurso à ação, antes que seja tarde demais!
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